TCC PDDE



PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA





Fernando Jerri de Oliveira






PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA – PDDE E SUA UNIDADE EXECUTORA PRÓPRIA (UEx)












Manhuaçu
   2018



PROGRAMA FORMAÇÃO PELA ESCOLA



Fernando Jerri de Oliveira



PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA – PDDE E SUA UNIDADE EXECUTORA PRÓPRIA (UEx)



Trabalho final de conclusão do Curso PDDE no âmbito do Programa Formação pela Escola.
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    Tutora: Josiane Nogueira Gama Abreu








MANHUAÇU
2018




RESUMO


          Os novos paradigmas políticos, econômicos e sociais que passa o Brasil nos últimos anos exigiram transformações em todas as áreas de atividades humanas, deixando-as cada vez mais abrangentes e diversificadas. A educação em particular é cada vez mas afrontada a responder as demandas contextuais decorrentes deste processo de mudanças. Diante desta nova realidade o governo brasileiro determina políticas e executa programas, voltados para enfrentar os problemas cruciais da educação no país, configurados pelos altos índices de repetência e abandono escolar, pela má qualidade de ensino ministrado nas escolas públicas, pela formação inadequada dos professores e pelo mau gerenciamento das unidades escolares. Criado em 1995, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) tem por finalidade prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos, registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) como beneficentes de assistência social, ou outras similares de atendimento direto e gratuito ao público. O programa engloba várias ações e objetiva a melhora da infraestrutura física e pedagógica das escolas e o reforço da autogestão escolar nos planos financeiro, administrativo e didático, contribuindo para elevar os índices de desempenho da educação básica. Neste sentido, para que o Ministério da Educação possa transferir os recursos diretamente para as escolas, através do Dinheiro Direto na Escola (PDDE), a gestão precisa ter autonomia, ter uma Unidade Executora própria (UEx). As UEx são “entidade de direito privado, sem fins lucrativos, que representa a unidade escolar, responsáveis pelo recebimento e execução dos recursos financeiros recebidos”. Desta forma, para constituir uma Unidade Executora própria é necessário integração entre a escola e a comunidade, onde as pessoas envolvidas na constituição da UEx deverão convocar a assembleia geral de professores, pais, alunos, funcionários e demais membros da comunidade escolar. Uma vez criada a UEx as atividades não se encerram por aí, ela precisa ter clareza nos seus objetivos, ser bem organizada para poder receber os recursos, utilizá-los da melhor maneira possível, com eficiência, transparência e participação social. Porém, é necessário que a UEx programe suas atividades anuais referentes às ações administrativas, pedagógicas e financeiras, tendo como base as necessidades da comunidade escolar e local.




Palavras – chave: PDDE (UEx); Recurso financeiro; Autonomia; Comunidade Escolar.


SUMÁRIO


          1. INTRODUÇÃO....................................................................................... 05
          2. OBJETIVOS........................................................................................... 06
              2.1. OBJETIVO GERAL......................................................................... 06
             2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS............................................................ 06
          3. O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO.................................................. 07
          4. ENVOLVENDO A COMUNIDADE ESCOLAR....................................... 07
          5. CONCLUSÃO........................................................................................ 09
          6. REFERÊNCIAS...................................................................................... 10


     

         1 - INTRODUÇÃO

          PDDE - PROGRAMA DINHEIRO DIRETO NA ESCOLA

          O Programa Dinheiro Direto na escola (PDDE) foi criado pela Resolução 12, de 10 de maio de 1995, com a denominação de Programa de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (PMDE). Logo após, veio a ser chamado PDDE, em virtude da Medida Provisória do Governo Federal (n 1.784 de 14 de dezembro de 1998). Seu objetivo é assegurar assistência financeira as escolas públicas de Educação Básica de todo país, desde que estejam registradas no Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS). Como o PDDE – Programa Dinheiro Direto na Escola lida diretamente com a da participação da comunidade escolar, começa-se a sentir a necessidade da atuação dos Conselhos Escolares dentro das unidades Escolares, hoje um grande problema nas mesmas, pois os conselheiros desconhecem suas atribuições, ficando assim muito difícil a conquista da autonomia nas escolas municipais. Outro problema entre tantos é que os recursos financeiros destinados as escolas são insuficientes para manutenção das mesmas, logo que, na maioria delas é o único recurso que chega diretamente. Assim seria necessário um olhar diferenciado para as escolas da periferia, onde o fator sócio econômico fosse determinante para o repasse de tais recursos, logo que, os mesmo são insuficientes para manter as escolas públicas do município, outra sugestão seria que houvesse a democratização das escolas, onde os gestores pudessem ter autonomia até mesmo de onde fazer as compras. Portanto se faz necessário um olhar diferenciado para o PDDE- Programa Dinheiro Direto na Escola, onde de fato os Conselhos Escolares possam atuar, os diretores possam ter autonomia e os recursos ser diferenciados para aquelas escolas onde diagnosticadas de mais carência sócio econômica. Sabe- se que o PDDE trouxe para as Unidades Escolares uma grande melhoria, mas se faz necessário ajustes para na prática o objetivo do mesmo seja cumprido, onde o aluno aprenda, tenha sucesso e exerça sua cidadania na sociedade que está inserido. A prestação de contas de maneira simplificada, pode ser definida como a demonstração do que foi feito com os recursos públicos que foram transferidos a uma entidade num determinado período.
No caso do PDDE, trata-se de apresentar à comunidade escolar e aos órgãos competentes os valores recebidos pela entidade num dado ano, as despesas realizadas nesse período e eventuais saldos a serem reprogramados para uso no ano seguinte, para demonstrar se os recursos foram corretamente empregados e se os objetivos do programa e de suas ações foram alcançados.

          2. OBJETIVOS

 

 

          2.1. OBETIVO GERAL

        

 

          Desenvolver junto à comunidade escolar a importância da reflexão e projetos de intervenção acerca do PDDE enquanto política pública voltada para a melhoria da estrutura física e pedagógica da U. E. garantindo uma educação de qualidade com caráter participativo e que atenda os interesses e necessidades dos atores envolvidos.

 

 

          2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 


          Estabelecer parcerias com entidades que são beneficiadas pelo PDDE, a fim de detectar e evitar possíveis fraudes e emprego equivocado dos recursos. - Articular uma estreita relação entre todos os atores envolvidos da comunidade escolar, estabelecendo uma dimensão participativa e cooperativa do programa. Dentro desse contexto a elaboração de convites destinados aos moradores faz-se necessário, além da divulgação de todo o processo que envolve o PDDE, no CESEC Professor Hiram de Carvalho. Esclarecer junto à comunidade escolar todas as informações relevantes sobre o PDDE, dando ênfase na utilização dos recursos na U.E. de acordo com as exigências do FNDE – MEC.

 

 

 

 

 

            3. O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO



No presente capítulo pretende-se elaborar um levantamento acerca das prescrições que configuram a estrutura do financiamento da educação no Brasil, abrangendo as determinações legais e iniciando as reflexões e indagações sobre as mesmas.
O financiamento da Educação está presente em inúmeras leis que, constantemente, são modificadas de acordo com as aspirações políticas de cada período histórico e interpretadas de distintas maneiras atendendo aos interesses de cada pessoa que a aplica ou a necessidade de cada situação. Iniciar-se-á a discussão pelo Art. 205 da Constituição brasileira o qual define a Educação como:

“direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho” (BRASIL, 2010a)

A Educação sendo definida como pública, obriga o Estado a oferecer a escolarização concebida como necessária e obrigatória a todos os cidadãos e, no caso brasileiro, sem que se precise pagar nada por isso. No entanto, os custos e gastos com a educação necessitam de uma fonte que garanta os dispêndios.
Partindo do pressuposto de que todos possuem direito à escolarização, o objetivo do presente capítulo consiste na análise de quais são as fontes dos recursos que financiam a Educação brasileira destacando suas implicações para os cidadãos, enquanto mantenedores de forma indireta das escolas e dos aspectos que as envolvem.

4.- ENVOLVENDO A COMUNIDADE ESCOLAR



É possível perceber que muitos moradores e integrantes da equipe escolar não têm informações consistentes dos recursos que são disponibilizados pelo Estado para serem investidos na educação e na instituição acima citada o PDDE tem se estruturado num recurso pouco compreendido pelos atores envolvidos. Nesse contexto faz-se necessário primeiramente elaborar estratégias de acolhimento de toda a comunidade local para o interior da U.E., a fim de clarear os benefícios e as responsabilidades de todos advindos do cadastramento no PDDE. Muitas dúvidas e equívocos quanto ao fechamento das contas e o arco de abrangência do programa para as benfeitorias na U.E. deverão se constituir em norteadores para os encontros frequentes, consolidando uma gestão participativa do PDDE. Faz-se necessário desenvolver e estimular na comunidade escolar o interesse pelos programas de políticas públicas que envolvem recursos financeiros públicos, educação, órgãos públicos, impostos e outros.

























       CONCLUSÃO



          A percepção final que tenho é de que, a transparência na execução dos recursos do PDDE se faz necessária, a fim de se evitar fraudes, equívocos na utilização dos recursos e, para isso todos os envolvidos no processo devem participar e cooperar com o projeto. Que a sensibilização de todos da comunidade escolar em participar dos programas da escola são de extrema necessidade. A existência de uma Unidade Executora, constituindo-se como instância privada dentro do espaço público, os inúmeros relatórios que devem ser elaborados para prestação de contas, entre outros, carregam consigo características do modelo de gestão condizente com a reforma do Estado de meados dos anos 1990. Nesse sentido, assistimos à inserção na escola pública de uma grande carga ideológica e de sua materialização por meio de inúmeros requisitos e modelos de administração marcados pela política de resultados, segundo a qual, os processos são menos importantes do que os resultados obtidos no processo gerencial. O estudo realizado durante o desenvolvimento deste trabalho proporcionou a compreensão de alguns dos inúmeros e distintos aspectos acerca do processo no qual se criam e se fundamentam as políticas públicas no âmbito do Financiamento da Educação. Todos os levantamentos realizados de maneira acadêmica, tendo como fonte de pesquisa a documentação da Caixa Escolar UES de Manhuaçu, situada a Rua Duarte Peixoto, 03 – Bairro Coqueiro – Manhuaçu – MG, dentre eles atas e relatórios diversos durante a leitura de textos, sejam nas discussões realizadas com outros colegas durante a realização da pesquisa, foram extremamente relevantes para a conclusão deste trabalho. É inegável a importância que a inserção de recursos diretos na escola representa quando refletimos sobre a trajetória histórica do Financiamento da Educação no Brasil. No entanto, não se podemos acreditar e aceitar que esta seja a medida final para se alcançar a democracia dentro da escola pública e sim o primeiro passo de muitos que devem ser dados.
Programas como o PDDE, além de sua enorme carga condizente com o sistema no qual estamos inseridos, trazem dentro de si avanços significativos no que tange o aumento das discussões nos espaços públicos, pois, a nosso ver, as inúmeras repercussões do programa em cada Unidade Escolar justificam o estudo e reflexão sobre a importância da efetiva democratização.
         REFERÊNCIAS


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